18 de jan. de 2007

O princípio da não-comunicação

Às vezes fico pensando: por quê?

Sabe, é uma situação estranha, porque se por um lado é, por outro pode não ser. Mas talvez não tenha nada a ver com nenhum desses lados, pois há uma série de fatores que devem ser levados em conta. Não se pode simplesmente se precipitar a uma conclusão.

Esses fatores todos geram uma série de nuances entre o "ser" e o "não ser". Não é algo binário, é ou não é. Portanto, tudo é muito difícil de analisar e prever. Requer muito cuidado e atenção, e mesmo assim poderíamos chegar a conclusões erradas.

Sim, talvez porque as próprias conclusões acabam influenciando no resultado final antes mesmo dele acontecer, como num processo de realimentação. Ou então, essas conclusões alteram os fatores que nos levaram a chegar a determinada conclusão, fazendo com que o resultado em si seja diferente do previsto.

Pior ainda: há razões que modificam outras causas, que por sua vez modificam outros fatores que podem ou não modificar tanto as razões já citadas quanto outros motivos que ainda não entraram na (in)equação. Eventualmente, o processo finaliza, e todos os fatores transformados e re-transformados por eles mesmos, juntos, geram um resultado que, provavelmente, é parcial ou totalmente diferente do que concluímos que seria. Pois a conclusão, na maioria das vezes, parte das razões não modificadas por outros motivos, fatores e causas e pelos próprios resultados, conclusões e consequências destas, desses e daqueles.

Enfim, podemos concluir que conclusões normalmente nos levam a acreditar que determinada questão só possui dois resultados: sim e não. E isso ocorre devido à sub-análise dos fatores, causas, razões e motivos que se entrelaçam entre si e com as consequências, resultados e conclusões.

Mas... Será que podemos concluir isso mesmo?

(Nota do autor: este artigo não fala sobre nada. Não, nem mesmo sobre conclusões.)

7 comentários:

Daemon disse...

Falou, disse e se comunicou.
Assino embaixo, desde que a premissa seja verdadeira, falsa, ou qualquer combinacao estatística dessas duas probabilidades.

Ana disse...

onde é que eu fui amarrar minha égua...

Haroldo Lage disse...

Socorro! Olha onde minha égua foi me amarrar!

Anônimo disse...

Acredito que tenha se esquecido de um fator muito importante em meio a todas essas análises preliminares e posliminares na natureza excessivamente divergente no contexto causal da unanimidade questionável existente no paralelismo bilateral e oblíquo do sim e não no qual foi simplesmente ignorado e deixado num canto sombrio e segurando o choro dos excluídos aquele coitado do talvez todavia porém entretanto é ainda possível que ele próprio tenha decidido por si mesmo se esconder para não tomar partido e assim fazer com o sim pense que o não está certo e vice-versa no frigir dos ovos temos um omelete.

Gude disse...

Precisamente, Caitif. Ou não. Acho que você não analisou todas as possibilidades. Ou talvez tenha.

Daemon disse...

Depende. Se o ponto de vista dele estiver correto, o que seria inesperado, poderíamos inverter nossas premissas e de forma imparcial repensar o todo como soma das partes ou mais. Se não estiver correto, no entanto, as conclusões iniciais e as finais seriam superpostas numa malha potencial de possibilidades recombinantes. De qualquer forma, entre as duas possibilidades eu escolho a mais provável.

Ana disse...

Ele tem a manha.
:)