14 de jan. de 2008

Feliz resto de 2008 ou Pensamentos (des)conectados

Sei que já passaram 15 dias, mas porque desejar feliz ano novo somente no início dele? Quem inventou essa regra? Aliás, regras são coisas que precisam ser quebradas de vez em quando (desde que não quebre as regras de mais ninguém, ou seja, respeito ao próximo). Porque uma criança pode gritar e correr descontroladamente por um descampado verdejante e ser bonitinha, enquanto um adulto que fizer a mesma coisa será considerado louco? É, perguntas. Ser, ou pelo menos tentar ser, criança de novo é ridículo ou um projeto de vida? Será por isso que quando há muita intimidade num casal as duas pessoas falam como se fossem bebês? Seria isso uma espécie de resgate dos bons tempos para se contrapor ao mundo cinzento dos adultos? Afinal, ser adulto e ter que lutar e se estressar e usar palavras da moda como crowdsourcing, feedback e sinergia para sobreviver é realmente uma coisa que se deveria fazer quando crescer? E o que é crescer, afinal? Se for só tamanho, há muitos adultos que não cresceram e muitas crianças grandes. Se for em maturidade, o raciocínio ainda se aplica, não concordam? Raciocínio é outra coisa que me faz pensar (sem trocadilhos intencionais). Será que raciocinamos mesmo, ou seríamos apenas máquinas reconhecedoras de padrões? "Time flies like an arrow", para um computador, pode ser uma afirmativa que o mande contar moscas como uma flecha o faz (pense na frase). Ou também que moscas-do-tempo gostam de uma e apenas uma flecha. Porque sabemos que não é assim que deveríamos interpretar a frase? E se os computadores algum dia chegarem ao ponto de reconhecer uma gama muito grande de padrões e conseguirem fazer o mesmo que nós? Eles raciocinariam? Um grande bloco de texto às vezes é difícil de ler, e normalmente só se deve falar de um assunto em cada parágrafo, conforme manda a etiqueta, mas porque eu estou fazendo tudo ao contrário? Etiqueta? Quem inventou essa regra?