27 de mai. de 2008

Por favor...

... sabe me dizer onde fica a Rua Fulano de Tal?

Quem nunca passou por isso? Perguntar (e dar) informações e direções para quem não sabe andar nos bairros longínquos de casa é corriqueiro. Esta semana, aconteceu comigo três vezes no mesmo dia. Duas no mesmo ponto de ônibus. E ainda, por pessoas que passavam a pé.

Então é que vem a dúvida. Qual o critério para a abordagem de pessoas estranhas? Ou melhor, o que faz as pessoas escolherem a quem perguntar por informações?

Uma das coisas que pensei é o critério da "encarabilidade". Em tempos de violência urbana desenfreada, uma pessoa com menos cara de mau é um fator nesses momentos. É melhor perguntar para um cara encostado com o pé na parede, com a barba malfeita, de óculos escuros e boné, colete jeans e um colar prateado grande, mascando um chicletes e com as mãos nos bolsos; ou para uma doce e singela senhora, com idade um pouco mais avançada, usando um xale verde bordado e um saia de cetim marrom? Esse critério, inclusive, pode até mesmo fazer com que a pergunta fique para a próxima esquina, pois ali não tem nenhuma pessoa "apta" para dar uma resposta.

Tem gente que prefere o critério da distância. A pessoa mais próxima é a mais indicada para que se pergunte alguma coisa, e pronto. E, mesmo em tempos de violência urbana desenfreada, essas pessoas nem ligam nesses momentos. Três pessoas andam na rua, aí você tá perdido e olha pro passeio, o primeiro que olhar é o alvo. Pergunta-se, se ele ou ela não souber, pergunta-se pro próximo e por aí vai.

No entanto, o critério que é mais usado, acho eu, é o humor da pessoa que vai ser perguntada. Eu já disse aqui antes que acho que as pessoas tem uma capacidade boa de detectar o estado de espírito das outras, mesmo que sejam totalmente desconhecidas. No dia citado acima, eu estava com um bom humor raro nos últimos meses. E talvez isso tenha contribuído. Seria a tal da Lei da Atração? (nota: nunca li o livro)

Enfim. Coisas das relações humanas. Estranho mesmo foi o dia em que três meninas atravessaram a rua dizendo se poderiam ficar por ali por uns segundos porque viram alguns caras "mal-encarados" vindo na direção delas. E depois disseram que já estava tudo bem, porque "a galera" delas estava chegando. Pra mim eles é que eram mal-encarados, mas essa é uma outra história.

12 de mai. de 2008

Tenho uma coisa a dizer:

SAUDADE