27 de mar. de 2008

Water Proof

Meus ímpares consumidores do segmento trapístico, este que vos escreve já o fez aqui neste espaço a respeito de chuvas, de banhos, até de lágrimas. Só não falei a respeito do mar ainda, mas o farei um dia -- contarei da vez em que conversei com o mar, e ele me respondeu. Enfim, já falei muito a respeito de água. Pois bem, o que contarei aqui é exatamente isso. Água. Muita água.

Pela janela do ônibus eu já havia visto que estava chovendo, e que no meio do caminho a chuva havia apertado bastante. Então me preparei: recolhi o MP3 de minhas orelhas e guardei na mochila para que não houvesse o risco de defeito posterior. O celular continuou no bolso direito da calça, pois ali ele ainda estava razoavelmente protegido.

Qual não foi a minha supresa ao descer do ônibus e constatar que a chuva estava bem leve. Como desci na Av. Torres, ainda tinha um bom caminho pra percorrer, e por isso decidi continuar ao invés de procurar uma marquise. Detalhe: eu não tenho guarda-chuva.

Mas, como provocação, justamente no momento em que eu estava num parte do caminho em que não havia pra onde correr, o céu desabou em trinta segundos. A minha camisa de botão, que eu havia usado pois tinha reunião com um cliente, começou rapidamente a transformar o seu tom de azul turquesa para um azul marinho (piada intencional). A minha calça jeans dobrou de peso em apenas alguns instantes, até que achei um sobradinho pra poder pelo menos colocar os eletrônicos protegidos pelo enrolamento do casaco do Harry Potter que se encontrava na minha mochila.

A essa altura, a minha camisa já havia tomado uma cor uniforme. Meu cabelo estava super bem penteado e minhas meias já estavam literalmente atoladas no tênis. "Bem", pensei eu, "já era mesmo". E assim, continuei meu caminho.

No caminho, havia uma imensa poça de água pela qual os carros que vinha em velocidade faziam questão de passar. E ela ficava justamente no sinal de pedestre, aquele que não fecha nunca se não apertar o botãozinho. Mas como apertar o botãozinho com os carros passando a toda naquela poça?

Me lembro de ter achado um instante que dava pra ir correndo, apertar o botão e voltar correndo pra junto da parede, onde a água espalhada não alcançava.

Depois fiquei pensando na revanche que a chuva teve. Você pode saber mais aqui.

Chegando em casa, tudo havia corrido bem. Descobri que a mochila era um tanto impermeável, por isso quase nada molhou dentro dela. Um banho quente super relaxante e delicioso coroou esta história. E a conclusão de que, por essas e outras, já me considerei como o Primeiro Filho da Água. Mas está é uma outra história...

19 de mar. de 2008

A ficção que vira realidade...

... e a realidade que deveria virar ficção. Esta aparente dualidade aparece hoje em dois acontecimentos marcantes.

Um, a morte de Arthur C. Clarke. Além do título deste artigo, apenas mais um número para ilustrar: 2001.

O outro, a situação China-Tibete. A China é uma das civilizações mais antigas do mundo, dessas que podem ser realmente chamadas de milenares. Civilização esta que sofreu no último século (e ainda sofre) com um regime linha dura, iniciado por Mao Tse Tung. Ao contrário do que se possa parecer com a abertura e consequente decolagem da economia chinesa, a China exerce um controle absoluto sobre sua população. No Tibete, controlado pela China, a situação não é diferente.

Com as Olimpíadas, o mundo volta seus olhos para o país mais populoso do mundo. E com todas as atenções voltadas para a China, os tibetanos agora clamam por mudança. E justamente pelo fato de ser o foco atualmente, o governo chinês está diante de uma escolha: a brutalidade ou o diálogo. Afinal, como diz o texto, a China se importa com sua reputação mundial.

Como tecnólogo e tecnófilo, acredito no poder da Internet de fazer a voz de vários anônimos em todo o mundo chegarem até as pessoas que decidem. Por isso assinei o abaixo-assinado que me foi enviado pela mesma amiga que me enviou a matéria do artigo anterior. Se vai funcionar, eu não sei. Mas faço a minha parte. Ou pelo menos tento.

Nota do postador: Eu tenho andado meio engajado ultimamente por aqui, não?

14 de mar. de 2008

O que o mundo come

Uma grande amiga minha me enviou um link de um artigo sobre um levantamento que "mostra o consumo semanal de alimentos por famílias de diversas partes do mundo". Vejam a impressionante diferença entre a primeira e última fotos. Aparentemente, a globalização aproxima as pessoas mas não diminui as diferenças sociais entre elas...

12 de mar. de 2008

Timespender

Se eu fosse um mês, seria... janeiro
Se eu fosse um dia da semana, seria... sábado
Se eu fosse um número, seria... 2
Se eu fosse um planeta, seria... netuno
Se eu fosse uma direção, seria... oeste
Se eu fosse um móvel, seria... cama
Se eu fosse um cômodo, seria... quarto
Se eu fosse um liquido, seria... água
Se eu fosse um pecado, seria... preguiça
Se eu fosse uma pedra, seria... safira
Se eu fosse um metal, seria... tungstênio
Se eu fosse uma árvore, seria... quaresmeira
Se eu fosse uma fruta, seria... maracujá
Se eu fosse uma flor, seria... copo-de-leite
Se eu fosse um clima, seria... temperado
Se eu fosse um instrumento musical, seria... bateria
Se eu fosse um elemento, seria... água
Se eu fosse uma cor, seria... azul
Se eu fosse um animal, seria... canário
Se eu fosse um som, seria... mantra indiano
Se eu fosse uma letra de música, seria... i love my computer, bad religion
Se eu fosse uma canção, seria... minimalista
Se eu fosse um estilo de musica, seria... trip hop
Se eu fosse um perfume, seria... aroma marinho
Se eu fosse um sentimento, seria... paz
Se eu fosse um livro, seria… uma ficção-fantasia
Se eu fosse uma comida, seria… italiana
Se eu fosse um lugar seria... uma nascente no meio de uma floresta úmida
Se eu fosse um gosto, seria... doce
Se eu fosse um cheiro, seria… incenso
Se eu fosse uma palavra, seria… brainstorm
Se eu fosse um verbo, seria… espreguiçar
Se eu fosse um objeto, seria… vídeo game
Se eu fosse uma roupa seria… chapéu
Se eu fosse uma parte do corpo, seria… cérebro
Se eu fosse uma expressão, seria… serenidade
Se eu fosse um desenho animado, seria… tom e jerry
Se eu fosse um filme, seria… laranja mecânica
Se eu fosse uma forma, seria… polígono regular de mais de 200 lados
Se eu fosse uma estação, seria… inverno
Se eu fosse uma frase, seria… "i am not as think as you drunk i am"

Este é um artigo-resposta a este.

10 de mar. de 2008

O Último Czar

Nunca entendi as críticas que se fazia a homens que possuíam gatos como animais de estiamação. Talvez machismo, ou talvez seja uma auto-afirmação: "homi que é homi tem pitbull". Nada contra os admiradores desses cães tão... "adoráveis", mas tem alguns que tem só porque "são homi". Talvez eles não se garantam sozinhos. Ah, e nada contra cães em geral também, eu particularmente gosto muito.

Enfim, o fato é que ter um gato diminui em um terço suas chances de ter um ataque do coração. O novo estudo sugere que o estresse dissipado por animais de estimação é bom para o coração.

Sim, eu disse "animais de estimação", não só "gatos".

O estudo ainda diz que os donos do "melhor amigo do homem" não precisam se preocupar. Apesar do estudo não apresentar nenhuma relação, isso provavelmente aconteceu porque não havia donos de cães suficiente no universo de pesquisados para se tirar uma conclusão.

"Ansiedade e estress psicológico estão intimamente relacionados a eventos cardiovasculares", diz a reportagem. Quem me conhece sabe que eu sou o rei, o primeiro-ministro, o presidente e o CEO da paciência, portanto acho que não devo ter ataques do coração tão cedo. Talvez outros ataques, mas do coração, aparentemente... não.

7 de mar. de 2008

O Paradoxo Bloguístico

Pesquisadores da Universidade de Tecnologia de Swinburne, em Melbourne, Austrália, descobriram que blogar é bom para a vida social.

Ok, eu não precisava de uma pesquisa para saber disso. A questão, principalmente em relação a este espaço que você lê, é o contrário. Será que não blogar faz mal para a vida social?

Tenho notado a coincidência (ou não) entre a freqüência baixa de posts e a freqüência baixa de mim mesmo nos meus círculos sociais. Tenho postado quase uma vez por mês, e tenho visto meus amigos menos do que eu gostaria.

A primeira é por falta de idéias, e a segunda pode ser por vários motivos, dentre eles excesso de trabalho e falta de tempo dos meus próprios amigos.

A matéria diz que "após dois meses de blogagem a sensação de apoio social e redes de amizades eram maiores do que em pessoas que não possuem blogs". Porém, também diz que "blogueiros potenciais estavam menos satisfeitos com suas amizades e se sentiam menos integrados socialmente, eles não se sentiam tanto parte de uma comunidade como as pessoas que não se interessaram em blogar".

Ou seja, quem não bloga já se sente mais integrado à sociedade, e quem bloga passa a se sentir mais integrado à sociedade. Quer dizer que, de qualquer jeito, estou integrado?

É. Fiquei confuso agora.