16 de set. de 2005

Soneto à Tecnoanarquia

"Tecnoanarquia?" - perguntas - "És louco."
Digo-te que sou, embora um tanto pouco.
Já estou cheio desse equilíbrio dinâmico
Que acaba por ser um problema endêmico.

"Ora!" - rebato - "Tenho a esperança aqui."
Eis que, quando em breve a gravata cair
E o peso da base inverter o jogo
Aí então poderemos apagar o fogo.

Não quero ver esquerda nem direita
Para além do horizonte da estrada
Pois é apenas o que minha memória aceita

E computador que sou, literalmente
Verei tudo, mas não haverá nada
E serei então livre, à minha mente.

- Rubem Mattos


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