6 de jan. de 2006

Sóbrio de viver, ébrio de amar

Eis que estava eu no computador, a ver como escrever meu nome em Tengwa, estilo Quenya, quando olhei para a prateleira acima e vi o meu livro do Álvaro de Campos.

Levantei de súbito, peguei-o, e abri em uma página aleatória.

Gostava de gostar de gostar.
Um momento... Dá-me de ali um cigarro,
Do maço em cima da mesa de cabeceira.
Continua... Dizias
Que no desenvolvimento da metafísica
De Kant a Hegel
Alguma coisa de perdeu.
Concordo em absoluto.
Estive realmente a ouvir.
Nundum amabam et amara amabam (Santo Agostinho).
Que coisa curiosa estas associações de idéias!
Estou fatigado de estar pensando em sentir outra coisa.
Obrigado. Deixa-me acender. Continua. Hegel...


Engraçado como são as forças místicas que regem o universo. "Não amava, mas ansiava por amar"...

3 comentários:

Daemon disse...

Vc tá usando a forma abreviada, onde a pontuacão na verdade corresponde às vogais, certo? eu prefiro a forma não-abreviada...

Gude disse...

Não, pelo que eu li são duas formas, as que tem as vogais se aglutinando com as consoantes anteriores (a que eu usei) e a outra na qual as vogais se aglutinam com as consoantes posteriores. :P~

Daemon disse...

http://www.geocities.com/TimesSquare/4948/tengwar/

'Later forms of Tengwar used additional letters to represent individual vowel sounds. This "full" form was developed by the Grey Elves living in Beleriand, and was therefore referred to as the "Mode of Beleriand".'