Atenção emissoras da rede Gude para o tope de 5 segundos.
Pi. Pi. Pi. Pi. Pi.
Faz-se neste momento rede nacional de blogs para o pronunciamento do Esquisitíssimo Sr. Lado Obscuro do Gude, Ministro da Revolta.
A todos os leitores deste espaço, bom dia/boa tarde/boa noite (escolha o seu, dependendo da hora em que ler este pronunciamento). Gostaria de pedir licença a uma amiga do meu outro Lado para parafraseá-la.
Eu, o Lado Obscuro do Gude, venho aqui para, solenemente, expressar raros sentimentos indignação e raiva. Raros porque conheço o meu outro Lado: é muito difícil vê-lo com algum tipo de revolta ou algo semelhante.
Pois bem. Ontem à noite, mais precisamente no momento em que eu me preparava para ir embora, senti falta da minha mochila. Ela fica, normalmente, numa cadeira ao lado da que eu sento para trabalhar. Essa cadeira fica perto da porta.
O fato é que ela não estava no lugar em que deveria estar.
A conclusão é que algum larapiozinho oportunista safado de m**** deve ter se aproveitado de um pequeno momento de distração -- quando eu e meu chefe estávamos muito ocupados trabalhando em outros computadores que nos fazem ficar de costas para a porta -- para sorrateiramente se apropriar da mochila.
Não sei que lucro ou benefício ou o que quer que seja um sujeito de pouco porte destes pode ter fazendo uma coisa tão ridícula.
O que havia na mochila? Do menos para o mais importante: fichas de jogadores de RPG (mais precisamente, 13 fichas de personagens), CDs de MP3 e de música, chave de casa, uma carteira sem dinheiro e com uma permissão para dirigir (o nome oficial da provisória), um cartão de banco e um cartão de vale-transporte vazio, um diskman MP3 e as chaves do meu escritório.
Duvido que um indivíduo mal ajustado como esse saiba o valor que tem um MP3 player como o meu. Nem é valor financeiro, mas desconfio que pra ele, de nada adianta um equipamento desses. O cartão de banco e de vale-transporte já foram bloqueados, o que os torna inúteis. Quanto às chaves do escritório, já estamos providenciando a troca das chaves.
Portanto, o que o safado conseguiu foi uma mochila com alguns CDs (nenhum original), e um diskman. Para ele, acho que só a mochila é útil. Talvez nem isso.
O que me revoltou mais foi que eu só consegui bloquear o meu cartão de banco hoje. Ontem, logo que percebi que estava na mão de terceiros, liguei para a central de atendimento do tal banco para bloqueá-lo. Simplesmente para ouvir a mensagem dizendo que os atendentes estavam fora de expediente.
Veja bem. Uma operação crítica, crucial e que tem que ser imediata, como o bloqueio de cartão, é feita por pessoas que somente trabalham no horário comercial. Em outras palavras, enquanto um ladrão pode estar gastando o seu dinheiro por aí, o banco mão-de-vaca se recusa a contratar mais gente para trabalhar fora do horário comercial. E o seu dinheiro que se ****, o deles é mais importante.
Aos leitores regulares, peço desculpas pelo eventual palavreado. Mas uma situação dessas é realmente revoltante. E como estou num estado irritantemente raro, me dou o direito de falar algumas poucas coisas.
Obrigado pela atenção de todos, mas, sinceramente, espero que vocês não tenham que me ver nunca mais.
Desfaz-se neste momento rede nacional de blogs que transmitiu o pronuciamento do Esquisitíssimo Sr. Lado Obscuro do Gude, Ministro da Revolta. Voltamos com a nossa programação normal.
A esta moça, peço perdão. Não é uma história engraçada. Eu já estava com uma na ponta da língua (ou dos dedos), mas forças externas me impediram de escrevê-la. No próximo artigo eu escrevo com calma.