6 de mai. de 2006

Gude x 6556

Primeira batalha: Quinta-feira, 18:30.

Eu me encontrava atrasado para ir ao dentista no centro da cidade. O meu horário era às 19h. Quando cheguei ao ponto, olhei para a esquerda e o vi chegando. Tinha dois deles, mas o primeiro era o carro 6556. Quando olhei para o outro lado, ou seja, para o trajeto que o ônibus faria, constatei sem nenhuma surpresa que o trânsito estava absurdamente lento. É claro, Muprhy diria que é normal estar atrasado para um compromisso e o tráfego não ajudar. É só uma aplicação da lei.

Resolvi descer a pé, da Savassi até a Praça Sete.

Fui contando as horas, os minutos e segundos. Eu realmente estava atrasado. Escolhi pegar um trajeto mais retilíneo, portanto fui até a Espírito Santo e não saí mais dela. Eis que, quando eu chego no ponto onde eu teoricamente desceria, lá está ele: o 6556. Eu teria levado o mesmo tempo se o tivesse pego.

Resultado da batalha: em termos de tempo, empate, mas como eu me diverti à beça imaginando quem chegaria antes durante o trajeto (eu ou o ônibus), não me estressei com o trânsito lento, economizei R$ 1,85 e ainda fiz um exercício pras pernas, eu levo vantagem. 1x0.


Segunda batalha: Sexta-feira, 22:00.

Fui conferir meu dinheiro da passagem. Ironicamente, estava faltando 40 centavos. Passou pela minha cabeça a absurda idéia de pedir pra alguém no ponto, mas não. Resolvi ir a pé novamente. Porém, a essa hora, o trânsito era bem mais leve. Os ônibus fatalmente seriam mais rápidos que eu.

Só pra tirar a prova, não fiz o trajeto mais rápido. Segui pelo itinerário da linha.

Incrivelmente, não vi nenhum ônibus da referida linha passar por mim. Absolutamente, nenhum. Isso me animou, pois eu teria ficado lá no ponto esperando até agora.

No meio desse pensamento, veio um. Porém na direção contrária. Ele estava subindo a rua para dar a volta na Savassi e voltar. O número do carro? 6556. Ele estava declarando sua revanche.

Fui descendo, descendo e nada. Com o trânsito mais leve, seria fácil ele me alcançar, mesmo tendo que ir e voltar. E a cada ponto que eu ultrapassava, um locutor imaginário dizia "E mais um ponto para ele! Esta disputa está emocionante! E quem será o vencedor?"


Cheguei em casa com um largo sorriso. Afinal de contas, eu acabava de ter feito 2x0. Meu pensamento ao entrar em casa:

I have beaten you.

2 comentários:

Anônimo disse...

Oié! Dá-lhe Gude!

Mila disse...

Não sabia do detalhe da batalha 2...
:-/
2 x 0 pras suas linhas de ônibus contra a minha pessoa...
:-/