17 de mai. de 2010

Inexistência

Nota: Levemente editada do manuscrito original.

O poeta do contemporâneo tem as mãos fracas.
Os dedos frágeis, o punho áspero.
O papel sumiu. O cheiro da tinta desapareceu.
E o tempo em que a caneta era mais forte que a espada.

Agora, o elétron sobe, ou desce. E isso basta.
A tensão é alta, ou baixa.
E os dedos frágeis e tensos.

Aqui, com a caneta preta sobre o papel amarelo,
doem-me as mãos.

Morda-me.

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