3 de ago. de 2005

Em fase

Não raro sinto coisas inexplicáveis de repente. Coisas parecidas com pressentimento, premonição. Mas não é um sentimento de previsão de futuro, ou preparação para ele. É um sentimento presente.

Pelo que converso com as pessoas, elas também sentem isso. Algumas confundem com pressentimento, outras confundem com tristeza, mas é simplesmente isso: um sentimento que se faz presente do nada.

Chamo isso de ressonância de almas. Quando se está muito próximo de alguém, não somente uma proximidade física, mas também íntima, as almas (estou aqui chamando de almas, mas dê o nome que quiser para o íntimo dos seres humanos que, afinal, nos torna humanos) dessas pessoas acabam por entrar em fase. Uma responde aos estímulos feitos na outra.

Normalmente só reparamos isso quando o sentimento é ruim. Porque, ao longo da nossa vida, a gente acaba sem querer marcando em nossa mente apenas as coisas ruins. Elas ficam, deixam cicatrizes. Quando algo é muito bom, é simplesmente normal que seja muito bom, e ao se acabar passa despercebido.

Isso acontece comigo desde quarta-feira passada. Sei qual é a alma em ressonância com a minha, e praticamente sei os motivos. Porém, nada comprovado pelos outros cinco sentidos...

Nota mental: Fazer cicatrizes com coisas boas e achar as coisas ruins simplesmente normal.

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