24 de abr. de 2010

A Ilha - Parte 3/6

A Guerra dos Anões acontecia em duas frentes. No continente, os anões eram mais agressivos, pois seu primeiro-ministro havia sido assassinado a sangue frio. O restante dos "instrusos" da denúncia, humanos e elfos, foram aprisionados e mortos. Os anões queriam vingança e, liderados por Gorak Achdrad, irmão de Curak, o regente de Ormdend e líder das forças anãs na ilha, atacaram as principais cidades élficas, pois acreditavam que a maior força bélica viria dos "moradores-de-árvores". Em Radek'a, Curak apenas defendia sua cidade, pois Acklald e Sylarila utilizaram a crise no continente como pretexto para a guerra, apesar de todos saberem que era pelo controle das rotas comerciais da ilha.

A Guerra durou 11 anos, pois os anões, apesar de serem minoria, eram bravos guerreiros e fortemente disciplinados para a guerra. Porém, a maioria esmagadora da aliança entre humanos e elfos acabou por vencer a guerra na ilha. Ormdend fora invadida, e os anões foram massacrados. O exército da aliança não deixou nem mesmo mulheres e crianças escaparam, os anões foram exterminados. Alguns conseguiram fugir para a área selvagem, mas fatalmente sobreviveriam lá. Acklald e Sylarila venceram.

No continente, após a vitória da aliança, os anões se viram enfraquecidos. Rechaçados dos ataques às vilas élficas, pois não esperavam o exército humano pronto para o revide, os anões recuaram até ficarem presos em Whodough. Gorak lutou até o fim, dizem os registros, e morreu lutando. Ele foi o último anão a perecer na cidade portuária. Com Gorak morto, a Guerra tinha terminado.

Várias foram as consequências da guerra. No continente, todas as aldeias e cidades que eram de maioria anã foram rebatizadas. Todos os traços da cultura anã eram radicalmente reprimidos, e qualquer referência a eles a partir do fim da guerra era considerada um ultraje, uma heresia. O sistema político foi remodelado, com Dironu Lolis, de Nedine, alçando ao poder. Humanos e elfos se revezaram nos anos seguintes no cargo, agora único, de primeiro-ministro, o que mais tarde ficou conhecido como "República dos Magos Comerciantes", devido à habilidade humana com o comércio e a habilidade élfica com a magia.

Na ilha, Acklald e Sylarila continuaram no poder, porém cada um controlava uma cidade agora. Sylarila Orinitas ficou no comando de Jutta, que havia sofrido menos com a guerra, e Acklald Ergartai foi comandar a reconstrução de Ormdend, rebatizada de Deera. E, da mesma forma, quaisquer traços racias que faziam referência aos anões eram fortemente reprimidos. A sucessão, em ambas as cidades, passou a ser hereditária, o que significava que, a partir daquela época, Jutta seria uma cidade essencialmente élfica e Deera uma cidade essencialmente humana. Estranhamente, nenhum traço de racismo apareceu nos anos seguintes, pelo contrário. Várias gerações de meios-elfos, que eram raridade no continente, começaram a surgir, demonstrando a convivência pacífica dos dois povos.

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