18 de jan. de 2010

Dante Thriansky - Parte 4/4

Dellon - ou melhor, Dante - sabia que teria que chegar a Arcanix antes do amanhecer, se quisesse ter alguma chance de não ser encontrado pelos seus ex-companheiros agora. Correu o mais rápido que pôde e se escondeu em uma pequena floresta ali perto.

"Algo me diz que fiz a coisa certa", pensou. Com a experiência de andarilho que possuía, estava fácil prever quando a notícia de que o Escultor de Mentes estava em Marketplace. "A essa hora, o Capitão Brinn deve estar morrendo de raiva", riu de si mesmo.

Um pouco de mágica para mudar a sua aparência e Dante estava no caminho novamente. Desta vez, usava um traje de sábio e uma ilusão que o fazia parecer ter uma longa barba branca. Curvou-se um pouco, jogou seu capuz sobre sua cabeça e foi andando normalmente pela estrada até Arcanix. Porém, as ilusões e disfarces foram desnecessários, pois estranhamente ele não encontrou ninguém pelo caminho.

Chegando em Arcanix, tratou logo de desfazer as ilusões e usar um bigode postiço. "Sem mágica aqui", determinou. "Preciso de abrigo."

Dante teve a nítida sensação de que muitas pessoas o observavam até a estalagem mais próxima. Ficou pensando se seu bigode postiço estava meio torto.

- Um quarto, por favor - disse ao estalajadeiro.

- Pois não, senhor. Qual o seu nome?

- Diran. Diran Malinsky.

- É uma peça de ouro por noite, Sr. Malinsky. Trabalhamos com pagamento adiantado.

- Tudo bem.

Dante jogou uma moeda de ouro sobre o balcão e acompanhou a bela assistente do estalajadeiro até o quarto. Antes de entrar, não resistiu.

- Desculpe, mas uma criatura tão angelical quanto você deve ter um nome à altura.

- Freya, senhor.

- Freya. Um nome mais que angelical -- é divino, literalmente. A sua beleza foi enviada pelos deuses.

A jovem de cabelos dourados corou.

- ... obrigada, senhor.

- Não gostaria de entrar para um... papo?

Freya ficou com o olhar fixo por um tempo. Voltando a si, olhou para trás, como se estivesse vigiando alguém, e entrou.

PS: A aventura começou nessa estalagem. Tratava-se de uma encomenda de um ricaço excêntrico e bon-vivant, que tinha duas dríades como companheiras. Ele queria que recuperássemos um tesouro - um livro - do outro lado do mundo, e nos pagaria uma boa grana. Para isso, tínhamos que embarcar em um navio pirata...
PS2: Não esqueça de comentar!

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