16 de fev. de 2010

O Caixeiro Viajante - Parte 3/4: Dia 15

O caixeiro se sentiu com frio. Abriu os olhos e estava fora do castelo novamente. A chuva caía, e ele viu atrás de si o Castelo. Tinha certeza de que aquilo não tinha sido um sonho, foi real. Mas, como todo ser humano, começou a ter medo. "Porque os Entes me escolheram, não sou digno", pensava. "Os Quatro Entes têm tanto poder, por que eu, logo um andarilho pobre?" Ele não podia responder. Mas, ao mesmo tempo, queria voltar para o Castelo. E foi o que ele fez. Voltou-se... Subiu as escadas... E entrou. Lá dentro, o salão lhe pareceu diferente. Apesar de ter as mesmas paredes celestes, algo estava diferente. À frente do portão das quatro faixas, a jovem de pele azul - que agora possuía alguns toques em vermelho, como se uma constante luz vermelha a iluminasse de cima - estava parada, fitando-o. Ele foi até ela, e disse: "Senhora... Não sou digno do presente que vós me concedeis." Esperou uma resposta... Após um pouco de silêncio, ela disse: "Eu sou a Fonte. Sou o corpo, a mente, o espírito e o coração. E eu os dou a quem quiser. Se tens medo de viver o que dou-te, és livre para ir embora. Mas pensa no que fazes, pois será uma chance única. Eventualmente, tu podes voltar, mas tudo será diferente. Vai, pequeno cisne. E volta com a tua decisão."

Nenhum comentário: